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Congresso Vivaendo 2025

Acolhimento e Manejo de Casos Complexos

Papel do Médico da Dor

Dr. Rafael Braz
Anestesiologista / Médico Especialista em Dor
CRM 153.685

Acolhimento: o início do cuidado

  • Acolhimento e escuta ativa às pacientes com dor pélvica crônica
  • Validar sofrimento: dor não é "normal" e merece cuidado multidisciplinar
  • Reconhecer impacto psicossocial desde a 1ª consulta
Empatia Validação Confiança

Dor persistente: prevalência e características

  • Cerca de 20–30% das pacientes mantêm dor significativa após tratamentos padrões[1][2][3][4]
  • Pós-cirurgia: 22–40% persistem ou recorrem dor em até 2 anos[2][3][4]
  • Componente neuropático/nociplástico: presente em até 30–40% dos casos de dor crônica em endometriose[5][6][1]
Referências:
[1] ESHRE, 2022, [2] CMAJ 2023,[3] Obstet Gynecol 2025; [4] Endometriose. Protocolo FEBRASGO 2021, [5] NICE CG173, 2020, [6] RANZCOG Australian Living Guideline: Endometriosis 2025

Por que o tratamento pode falhar?

Sensibilização Central

Alodínia, dor difusa, fadiga e insônia indicam um sistema nervoso hipersensível.

Comorbidades

Condições como fibromialgia, SII e cistite intersticial complicam o quadro clínico.

Dores Crônicas Associadas

Quadros como vulvodínia, cefaleia e lombalgia podem coexistir e agravar a dor.

Atraso Diagnóstico (≥7 anos)

A longa jornada até o diagnóstico aumenta significativamente o risco de cronificação da dor.

Impactos Psicossociais

Depressão, ansiedade e catastrofização são barreiras importantes para o sucesso do tratamento.

Quando encaminhar para o médico da dor?

  • Casos de dor pélvica crônica refratária
  • Persistência mesmo após tratamento hormonal/cirúrgico adequados
  • Objetivo: qualidade de vida, funcionalidade, redução do sofrimento
  • Abordagem centrada na paciente e multidisciplinar

Manejo Multidisciplinar Individualizado

  • Reavaliação diagnóstica: identificar outros geradores de dor
  • Educação em dor crônica: nociplástica e neurogênica
  • Tratamento multimodal:
    • Medicamentos (ADT, IRSN, anticonvulsivantes)
    • Fisioterapia pélvica especializada
    • Acupuntura (benefício curto prazo)
    • Psicoterapia (TCC, mindfulness)
    • Neuroestimulação/Bloqueios (casos selecionados)
  • Atuação integrada: ginecologia, fisio, psicologia, psiquiatria

Modalidades Intervencionistas

  • Bloqueio de nervos pélvicos
    Dor neuropática persistente, endometriose profunda
  • Neuromodulação
    Dor refratária, disfunção vesical associada
  • Radiofrequência ablativa
    Neuralgia pudendo/obturatório, quando bloqueios têm resposta temporária
  • Bloqueio do gânglio ímpar
    Dor perineal, vulvodínea, dor anorretal crônica

Mensagens-chave

  • Nem toda dor é da Endometriose
  • Foco na funcionalidade e qualidade de vida
  • Encaminhamento precoce amplia sucesso,
    especialmente com comorbidades
  • Acolhimento e suporte emocional são essenciais

Pergunta Aberta

Obrigado!

Dr. Rafael Braz

Médico Especialista em Dor

Discussões de Caso: 15 98126-1772
Agendar Consultas: 15 99180-0702
dr.rafael@semdor.life

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